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Insatisfação Crônica



Não foi nenhum médico ou especialista que diagnosticou.
Talvez, se trate de um auto-diagnostico.Ou de uma auto-percepção.
Ou mesmo uma visão auto-crítica sobre mim mesma.
( Ainda estou confusa com a nova ortografia, então estou usando hífen em todas as palavras compostas..., por que a unica coisa que gravei foi a regra do trema..haha)
Quando assisti o filme de Woody Allen , Vicky Cristina Barcelona...
Foi aí que reconheci o meu problema : INSATISFAÇÃO CRÔNICA.
Talvez, seja um problema inerente a todos os seres humanos, ou talvez mais particularmente a nós mulheres..( adoro um papinho feminista..!!hahah)
Enfim, nunca paguei psquiatra, nem psicólogo, talvez devesse .., mas por hora fico com minhas insatisfações pra mim.
Tem um lado positivo na insatisfação, pois nos leva a querer outras coisas, testar novas idéias, e traçar novos planos.
Por outro lado, ser insatisfeita, também tem seu lado negativo, parece que a satisfação é algo inalcançável, parece que são expectativas que nunca serão alcançadas, buscamos algo que nem sabemos o que!
Tem horas que parece que tudo que escolheste e que pensaste que traria certa satisfação, só tráz e acumula mais e maiores insatisfações, ..
Outra coisa importante sobre a insatisfação crônica, e ela o é crônica exatamente por isso, por a pessoa insatisfeita não saber ao certo, o que lhe falta ou o que lhe trará satisfação. Por que se fosse uma insatisfação transitória, era relativamente fácil, você sabendo o que lhe trazia insatisfação, trocaria essa coisa por outra, ou simplesmente cortaria da sua vida.
A de se deixar claro, que uma pessoa que sofre de insatisfação crônica, é diferente de uma pessoa mal agradecida. Sabemos e somos agradecidos por tudo que temos, de forma racional, mais não é por ser agradecida por tudo que se tem, que a pessoa se torna satisfeita. Não queremos apenas ser agradecidas, queremos estar satisfeita, se não de forma plena, o mais próximo que se possa chegar disso...



É,..afinal o que querem as mulheres?




Adolescentes..

Nesta semana que passou, a ulbra ofereceu um aulão para o enem, para estudantes de ensino médio do litoral, e eu e algumas colegas fomos escaladas, para representar e mostrar a Enfermagem aos alunos, como se fosse uma pequena feira das profissões...
E enquanto, estavamos lá..vimos eles chegando: Sorridentes, falando alto, sempre em grupos que se unem por afinidade, cada um com uma peça diferente, com roupas da moda atual, querendo ser diferente, mais no fundo sendo todos iguais: ADOLESCENTES.
Olhando para eles, comentei com minha colega:-Eles parecem viverem em outro mundo.
E realmente vivem, num mundo aparte do nosso, de adultos.
É, não sabemos bem ao certo quando a adolescência passa, mais ela passa. Mas, vendo eles ali, lembrei de mim e de minha adolescência, ...e apesar de ser um período confuso, onde as emoções são super potencializadas.Pasmem, senti saudades, e um pouco de inveja dos adolescentes ali.
È na adolescência, que vamos esculpindo nossa personalidade,..vamos nos encontrando, e aprendendo a viver..Na adolescência, nossas vontades estão a todo vapor e queremos tudo e agora. Não gostamos de não, e gostamos de contestar, contrariar, e talvez, seja neste ponto que tenha mais inveja da adolescência, dessa vontade de viver, dessa vontade de mudar, e causar, que com o tempo, e com os digitos da idade avançadndo vamos nos acomodando, ..Se antes choravamos quando não iamos a uma festa, por que a mãe não deixava, hoje podemos, mas, não temos vontade de ir, ou as festas não parecem ter a mesma graça de outrora. Se antes a escola era uma ambiente de união, onde encontravamos todas as pessoas de nossa ciclo de amigos, na faculdade a coisa se torna mais competitiva, onde as pessoas querem ser melhores que as outras, e não sabemos ao certo em quem realmente podemos confiar, se antes eramos contestadores, hoje somos aceitadores, aceitamos as coisas, evitando conflitos e mudanças, o algo que provoque qualquer confusão em nossa zona de conforto, se antes tinhamos energia de sobra para toda e qualquer coisa, e o que mais queriamos é estar na rua, hoje ao chegar a noite, pensamos só em descansar, dormir, e ficar em casa..se antes nossos amores eram puros e pareciam eternos, hoje nossas relação pessoais, são cada vez mais convenientes e fulgazes...

Algumas coisas não mudam, e ficam de herança de nossa adolescência. Nossa preocupação em sermos aceitos em um grupo, ou pelas pessoas em gerais. Talvez, essa insegurança seja intriseca ao ser humano, e não há uma etapa da vida, por isso, nos acompanhe por todas as idades.Por mais que os adolescentes, nos parecam bobinhos e irresponsáveis, eles ainda assim, tem algo a nos ensinar.., como levar a vida mais leve e com mais brincadeira, mesmo com todas nossas preocpações, sobre nos mantermos contestadotes e lutando pelos nossos ideais...e principlamente, viver a vida intensamente, com uma percepção de que o dia de hoje, jamais voltará.